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A Nacional Óptica de Algés tem um protocolo com a Associação de Imigrantes Mundo Feliz que prevê descontos substanciais na aquisição de óculos aos cerca de 13 mil associados desta instituição, com preços que oscilam entre os 37,50 euros e os 99,50 euros.

A viver em Portugal há 20 anos e depois de ter criado, em 2011, a associação de apoio a imigrantes Mundo Feliz, Cecília Minascurta revela que a Campanha Social da Nacional Óptica de Algés, com os óculos Progressivos, no valor de 99,50 euros (óculos completos com exame de visão, armação de stock e lentes incolores com antirreflexo, endurecidas, orgânicas, índice 1.5), e os Unifocais, a 37,50 euros (óculos completos com exame de visão, armação de stock e lentes incolores com antirreflexo, endurecidas, orgânicas, índice 1.5, esf. 4.00, cil. 2.00), tem permitido atender com sucesso uma população já bastante fragilizada pela pandemia.

Além de prever check-ups visuais gratuitos, mesmo não adquirindo produtos, e a possibilidade de rastreios visuais, este protocolo contempla ainda descontos de e até 30% em produtos de contactologia, lentes oftálmicas, óculos de sol e armações oftálmicas.

Ajuda aos imigrantes

Para a Associação Mundo Feliz, em Algés, que viu no último ano aumentarem os pedidos de ajuda, este protocolo permite-nos ajudar um vasto número de imigrantes que necessitam de óculos e que não tem meios financeiros para os adquirir. É o caso de Leida Batalha, natural da ilha cabo-verdiana de Santiago, que adquiriu óculos ao abrigo deste protocolo. Com 25 anos de idade, Leida Batalha tem miopia e necessitava de óculos. Contudo, os preços não lhe permitiam a sua aquisição. Agora, com o protocolo, teve a oportunidade de «comprar óculos muito estilosos» que, inclusivamente, alteraram «o seu look».

Leida Batalha tem uma melhor visão com os seus «óculos estilosos»
Leida Batalha com os seus «óculos estilosos»

A presidente da Mundo Feliz, após salientar a importância da saúde visual, revela que, «desde o início da pandemia, engrossam as filas de pessoas a pedir apoio alimentar».

Cecília Minascurta, trouxe consigo da Roménia o sonho de ajudar outros que como ela mudam de país à procura de uma vida melhor, lembra que, «o apoio a imigrantes já dura desde 2011 e com a ajuda de alguns voluntários e dos 13 mil associados, os imigrantes encontram naquele espaço alguém que nunca vira as costas, que ajuda não só com alimentos, mas também, a tratar de papéis, a dar formação, no fundo a fazer tudo o que é preciso».

Pandemia agravou a situação

Mas se até aqui «o apoio era praticamente centrado na resolução de problemas burocráticos, agora, o foco é em conseguir comida. Porque desde o início da pandemia as necessidades são quatro vezes mais».

«Neste momento, apoiamos em Oeiras, Lisboa e Margem sul mais de 1200 famílias. Muitos são moradores que começaram a ver os cabazes e juntaram-se à fila e nós não mandamos ninguém embora, isto para além de irmos levar comida a casa dos idosos que já não conseguem sair», acrescenta a presidente e fundadora desta instituição, deixando um apelo: «Estamos aqui todos os dias de portas abertas e qualquer pessoa pode vir entregar comida, roupas ou o que puderem, porque temos crianças pequenas e muitas mulheres grávidas a passar por muitas necessidades».

Representantes da Associação Mundo Feliz fazem uma visita à loja Nacional Óptica de Algés
Representantes da Associação Mundo Feliz visitam a loja Nacional Óptica de Algés